Vesti este look e olharam-me de lado
Pessoal. Já estava à espera que acontecesse, mal sai de casa. E, de facto aconteceu. Assim que sai à rua, assim vestida numa ode aos anos 70 reinventados, senti os olhares cravados em mim. Como se, de repente, tivesse saído de um qualquer filme ou fosse mesmo uma aparição vinda do além.
Parece que, quando crescemos, surge uma obrigação tácita de sermos mais o que os outros esperam que sejamos e menos nós mesmos. É tão estranho, não é?
Não vou ser falsa e dizer-vos que não me incomodou. Um pouco, sim. Senti que os olhares inquisidores queriam, de alguma forma, limitar a minha criatividade. Como se o julgamento popular fosse uma força que nos condena sem direito a contraditório. E isso fez-me recuar mais de 10 anos no tempo quando, numa aula de História, levava preso na cabeça um turbante e a professora praticamente me humilhou em frente à turma toda. Mas, como tinha 16 anos, revirei os olhos e murmurei qualquer coisa como “ o que é que este trambolho sabe sobre moda?”. E continuei na minha vida, a tirar 5 a História e a vestir-me de forma excêntrica sem me preocupar, genuinamente, com a opinião dos outros. Muito menos com a da minha professora que, honestamente, nem sequer tinha em muito boa conta.
Olhando para trás, sinto uma ponta de inveja desse meu eu adolescente que não dava qualquer importância a opiniões alheias. Parece que, quando crescemos, surge uma obrigação tácita de sermos mais o que os outros esperam que sejamos e menos nós mesmos. É tão estranho, não é?
Por isso, ultimamente, tenho-me esforçado por voltar a ser mais eu ou, pelo menos, a recuperar alguma da audácia que faz querer conquistar o mundo sem medo. Tenho-me obrigado a não me limitar nas escolhas do que vou vestir porque um bando de desocupados vai ficar parado a olhar. Felizmente, vivemos num país livre e, enquanto uns maldizem, outros criam. E eu gosto de fazer parte do segundo grupo.
Camisa: | H&M |
Saia | Mango |
Carteira de rede: | La Petite Sardine |
Chapéu: | Mango |
Óculos de sol: | Mango |
Ténis: | Converse, All Star |
Brincos: | Mango |
Ana Beatriz Pereira Martins
Gosto de te ver nele, eu se usasse apostavas nesses ténis e na saia, a blusa trocaria por uma mais justa e como não gosto de usar boinas não colocaria!
FAZ AS TUAS PERGUNTAS: http://abpmartinsdreamwithme.blogspot.pt/2018/04/q-5-facam-as-vossas-perguntas.html
Beijinhos ♥
Catarina Vares
Só não gostei do gorro mas gostei de todo o resto e adorei as fotos 🙂
Beijinho
Cidália Sola
Num todo está muito giro! A saia e a mala são lindas. 🙂
A opinião dos outros, conta, claro.. não sou falsa e não digo que não porque é precisamente isso que dizes, parece que à medida que crescemos damos por nós a importarmos-nos mais com ela mas não deixes que te afete! Estavas muito gira sim e as pessoas que te olharam de lado com certeza nem percebem bem na integra o que é a moda.
Beijinhos
http://www.trendsandfashionblog.pt
theSTYLEpoet
Está tão divertido e fresco o look! As pessoas adoram criticar gratuitamente as outras, eu desde que me recordo que me vesti diferente, digo a minha mãe quando eu tinha 4/5 anos colocava-me com lencinhos ao pescoço. Nunca me integrei, nem nunca farei questão de me integrar na norma, e além disso o que é a norma!? Eu sei perfeitamente o que choca ou o que não choca, e sei também aquilo que me assenta bem, potencio o meu estilo mediante o meu humor, e não vale a pena contrariara essência de cada um!
Seni Silva
Gosto bastante do look e entendo-te na perfeição, infelizmente a nossa sociedade recrimina muito o que sai fora da caixa, seja num look, na maneira de estarmos na vida, até mesmo a nível profissional. Ainda vivemos numa era de condenação, julgamentos e apontar o dedo. Ser diferente é bom e é ainda melhor estarmos como nos sentimos bem. Continua com a tua irreverência, ela é inata e muito necessária. Beijinhos Babe!