Somos demasiado influenciados pelo instagram?
Prateado. Quando tinha uns 15 ou 16 anos – não me lembro bem – uma amiga da minha mãe ofereceu-me este casaco. Na época amei de paixão e usei muito, mesmo sendo gozada na escola. A verdade é que, durante os três anos que andei no secundário foram muitas as vezes em que gozavam comigo por causa da roupa. Mais do que usar East Packs (que acabei por comprar anos mais tarde) e tudo o que era moda na altura, eu queria mesmo era ser diferente. Sempre gostei de ter peças que ninguém tinha e de inventar mil e uma conjugações. Sempre me fez feliz. E nunca, nem por um minuto, me deixei afectar por aqueles que gozavam comigo. Aquilo era eu, ainda que em construção.
Mais do que inspirar-vos a simplesmente copiar coordenados, quero inspirar-vos a serem quem são e a vestirem o que quiserem. A ousarem ser diferentes.
Hoje continuo em construção (não continuamos todos?) e pus-me a pensar como isto do instagram se parece com os anos que passei no secundário. Muito mais do mesmo, tendências massificadas, peças que queremos não porque gostámos mesmo mas porque vimos em alguém. É um ciclo vicioso em que todos caímos vezes a mais.
Reparem que o meu papel é inspirar-vos. Mas mais do que inspirar-vos a simplesmente copiar coordenados, quero inspirar-vos a serem quem são e a vestirem o que quiserem. A ousarem ser diferentes. Porque quando vestimos peças de que gostamos verdadeiramente – usem-se muito ou não – brilhamos mais.
Com isto não quero dizer que não sou influenciada. Todos somos e isso tem um lado bom. Mas lembrem-se sempre que o instagram é uma realidade editada que serve, precisamente, para nos inspirar. E não para fazer de nós copionas.
Dito isto, este continua a ser um dos meus casacos preferidos. E, honestamente, não quero saber se é tendência ou não. Eu gosto e isso basta para o usar outra vez, mais de dez anos depois.
Casaco: | Dolce & Gabbana (parecido aqui) |
Camisola: | Mango |
Calças: | Zara |
Mala: | Furla, Twiggy |
Brincos: | H&M |
Botas: | Zara |
Blogue Ela e Ele, Ele e Ela
Cada vez mais se vende um perfeccionismo ideal, por isso cada vez há mais pessoas deprimidas…