Por que é que o Mónaco é tão mágico?
Mónaco. Quando a placa que se ergue à nossa frente anuncia que estamos prestes a entrar no Principado do Mónaco, sabemos que algo bom se adivinha após as várias curvas e túneis amplos.
Chegámos a Monte Carlo – eu num vestidinho de linho branco e ele num pólo Lacoste com calças brancas – e foi quase impossível esconder a estupefacção. É como se, de repente, fizéssemos parte de uma obra viva de Auguste Renoir que, ao mesmo tempo, conseguimos admirar de fora.
O ronco dos motores, cada um mais potente que o outro, constituem a banda sonora do lugar onde o dinheiro é maestro.
Os iates aglomeram-se na marina enquanto os seus donos leem, descontraídos, o jornal em sofás de riscas beges que se estendem ao longo de mesas adequadamente floridas. Quase todos têm mais de um andar e, quase todos têm um guarda-costas no convés inferior. Previsivelmente, em todos há miúdas de corpos esculturais a apanhar banhos de sol.
No asfalto, impecavelmente liso e bem tratado, os Ferraris competem com Rolls Royce e Mclarens. O ronco dos motores, cada um mais potente que o outro, constituem a banda sonora do lugar onde o dinheiro é maestro.
Subindo a colina, em direcção ao Casino de Monte Carlo, as raparigas com sacos Chanel multiplicam-se, nos seus vestidos Chloé de algodão e sandálias de pele Hermès. Sobem a calçada como se caminhassem numa passerelle, com a naturalidade que só quem nunca conheceu outra realidade que não a riqueza possui.
Lá em cima o espectáculo é digno de um qualquer filme de 007. Por entre um Ferrari de edição limitada, um Porsche Vintage, vários Lamborghinis, Rolls Royce, Mclarens e outros tantos automóveis de luxo, o Casino divide-se entre os admiradores e os jogadores. São muitos os que se aglomeram para ver os carros de perto. Mas são igualmente muitos os que atiram a chave despretensiosamente ao mordomo que, diligentemente, os vai estacionar.
Sentamo-nos no Café Paris a bebericar um café enquanto permitimos que os nossos olhos sejam sugados por uma espécie de realidade paralela. É impressionante de se ver toda aquela riqueza e ostentação.
Como é óbvio, não resisti a entrar na Chanel e na Hermès onde, apesar de não ter comprado nada, deixei o meu coração perder-se por uma Classic Flap Bag e, claro, por um lenço de seda pintado à mão com um preço acima de três dígitos.
Já a noite caía suavemente sobre a cidade quando viemos embora. Não sem antes, claro, nos perdermos pelas ruas boémias e partilharmos, cúmplices, a alegria de ter estado num lugar tão mágico.
Vestido: | Mango |
Chinelos: | Zara |
Chapéu: | Stradivarius |
Pulseira: | Kate Spade |
Relógio: | Calvin Klein |
Coordenadas
Mónaco
França
Marília da Silva
Woooooow, que lugar incrivel!!!! Estou a adorar as fotografias das tuas férias!