À flor da pele
Sentimento. Ali, junto ao mar, sinto a pele salgada ser beijada pela maresia. É um lugar de encontros e desencontros, aquele que se estende pelo areal. Tantas vidas que se cruzam na praia. Tantos amores eternos que ali morrem, na praia, sem força para nadar.
Porque o amor, como o mar, tem que ser vivido à flor da pele para ser sentido. O amor, como o mar, é imprevisível na sua previsível beleza. E, tal como o mar, também o amor se debate na força de si mesmo durante as tempestades. Para acabar, por fim, a flutuar em águas plácidas.
Tal como o mar, também o amor se debate na força de si mesmo durante as tempestades. Para acabar, por fim, a flutuar em águas plácidas.
Eu não tenho medo de embarcar na nau da vida, se for essa a condição para vivê-la intensamente. Se for essa a possibilidade de encontrar o amor, por entre as ondas. Não quero ficar na areia, à espera do que traga o mar. Quero ir. Mesmo que isso implique não voltar.
Os sentimentos, bons e maus, têm que se esgotar na sua própria intensidade. Porque só quem vive assim, intensamente, conhece o sentido da vida em toda a sua nua complexidade.
No fim, todos acabamos por morrer na praia. Mas os que nadaram sem medos chegam lá felizes, de sorriso estampado no rosto. Porque sentiram tudo, sobretudo o que de mais importante havia para sentir: o amor.
Blazer: | Zara |
Top: | Stradivarius |
Calças: | Zara |
Sapatos: | Mango |
Brincos: | H&M |
Pedro Oliveira Leite
Poema lindíssimo e bastante inspirador…