De 2017 com amor
Adeus 2017. 2017 foi um bom ano. Confesso que o recebi a medo, porque já sabia que iria ter que ser operada. E a minha anca sempre foi o meu calcanhar de Aquiles (perdoem-me o trocadilho) durante toda a vida. Os meus pais passaram anos a levarem-me a ortopedistas que diziam que não tinha nada e, afinal, tinha e grave. Uma displasia. Ganhei coragem e fui operada em Abril (honestamente, porque o médico quase me obrigou, que eu só queria fugir). Foi esse o episódio que mais me marcou este ano. Não só pelo medo que senti (e, porra, foi tanto), mas acima de tudo por tudo o que aprendi. Passei a dar muito mais valor ao simples facto de andar. Passei a queixar-me menos. Passei a ser mais tolerante e flexível. Passei a sorrir mais. Foram quase quatro meses sem andar. A primeira vez que pus o pé no chão, outra vez, fui a mulher mais feliz do mundo. E, quando finalmente larguei as muletas, renasci.
Entretanto, mudei-me para o Porto. O que ao início era uma situação provisória – fui para casa do meu namorado porque era preciso que alguém cuidasse de mim – tornou-se definitiva porque é difícil viver uma relação à distância. Adoro acordar e adormecer com ele ao meu lado. Ou seja, não me arrependo nem por um minuto, apesar de sentir saudades do meu pai.
2017 foi também o ano em que estive com a minha família no Brasil e levei o meu namorado. São as pessoas que mais amo no mundo e fez-me muito feliz estar com eles. Conheci o meu primo Pedro que é só o miúdo mais fofo do universo.
Valorizem os vossos dias, tenham tempo para as pessoas de quem gostam e não tenham medo de viver. Não há coisa melhor no mundo do que viver.
Este foi também o ano em que começaram a surgir oportunidades para o blogue. Estive no Hotel Unique, no A.S. 1829, no Palácio do Freixo e no Pestana Vintage, fui ao Mónaco, conheci o Sul de França e recebi uma Chloé. Fiz um editorial de carnaval que adorei, e um para a Camlo de que fiquei muito orgulhosa. Fui a Bali sem sair de Portugal. Deixei a Canon e comprei uma Fuji XT2. Trabalhei muito para vos trazer o melhor conteúdo. Muito mesmo. E fiz parcerias com marcas incríveis que têm por trás gente que admiro. Muito obrigada por todo o vosso apoio, por todas as mensagens e palavras. Isso, sem dúvida, tornou os meus dias melhores. É em vocês que encontro motivação para fazer mais e melhor.
Também em 2017 mudei de vida. Larguei o Direito e passei a ganhar dinheiro com a minha escrita. Ao início foi terrivelmente assustador, mas quando consegui ficar no E-konomista, mesmo de muletas, percebi que, afinal, podia resultar. E tem resultado.
Conheci pessoas que me marcaram , outras que ficaram minhas amigas (a Daniela, por exemplo) e mantive os laços com quem já fazia parte da minha história. A relação com a minha melhor amiga (que vê vídeos no youtube mas não me deixa fazer um vídeo nosso, sim, Carol, és mesmo tu) ficou ainda melhor. Ela é das poucas pessoas em quem confio de olhos fechados e que adoro do fundo do meu coração. Felizmente, não tive nenhuma desilusão grande o que é muito bom.
De resto, o ano foi normal. Li menos do que queria (amo ler), vi pouca televisão, fui muitas vezes ao cinema, andei de muletas, inscrevi-me na natação, chorei, sorri e senti-me viva.
Por isso, a mensagem que vos quero passar é essa: valorizem os vossos dias, tenham tempo para as pessoas de quem gostam e não tenham medo de viver. Não há coisa melhor no mundo do que viver.
Espero que gostem deste editorial que criámos (já sabem que é o meu namorado o fotógrafo) a pensar em inspirar-vos para a passagem de ano. Venha 2018!
Vestido: | Zara |
Sandálias: | Zara |
Meias: | Calzedonia (parecidas aqui) |
Brincos: | Zara (parecidos aqui) |
Batom: | Revlon |
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