Branco
Branco é para ternura. O branco carrega em si uma doçura inocente, que nenhuma outra cor é capaz de igualar. Uma candura atrevida, numa paz prometida.
E eu dei por mim a adorar sentir na pele essa leveza doce, nas tardes quentes de verão.
Acho que o branco me acalma, e me afaga a alma. Me traz quietude ao pensamento fervilhante. E isso faz dele uma das minhas cores-porto-de-abrigo.
Talvez por isso o meu coração tenha saltitado, ao ver este macacão, branco, numa dessas montras do costume. Os detalhes do bordado inglês, a delicadeza infantil do laço e o corte à medida foram argumentos de peso, na hora de o fazer meu.
Estreei-o, como tinha que ser: no meu sítio preferido. Uma praia bonita, perdida no mapa, de nome singular: Praia do Rei Cortiço. Eu, ele e um par de surfistas corajosos. Por entre uma paz descontraída, quase palpável de tão arrebatadora.
Há quem veja na roupa apenas algo para vestir. Um bocado de tecido que acabará por enfeitar um outro corpo, quando a cor, gasta, já não avivar o olhar materialista de quem, outrora, lhe encontrou nas costuras a beleza.
Há quem veja na roupa apenas algo para vestir. Um bocado de tecido que acabará por enfeitar um outro corpo, quando a cor, gasta, já não avivar o olhar materialista de quem, outrora, lhe encontrou nas costuras a beleza.
Mas eu sou daquelas que sente nas roupas um laço de amor com memórias, histórias, estados de espírito. Umas dizem-me mais, outras menos, mas todas (as que tenho) me dizem qualquer coisa. Um momento, uma recordação, uma alegria ou um assombro. Carregam em si o peso de uma dona cuja memória se recorda dos pormenores, por todos já esquecidos.
Este macacão pertence ao clã de roupas de, e para, momentos felizes.
Não sou de cores preferidas, mas se fosse, diria que o branco é uma delas.
Macacão:
Pull&Bear
Bikini:
Cantê
Brincos:
Xamma
Chinelos:
Havaianas
Toalha de praia:
Futah
Chapéu:
Mango
Relógio:
Rosefield
No Comments