A ti, mar
Mar. É lá que me perco, no meu vestido branco, que esvoaça inquieto. E é lá que me encontro, na incerteza bruta das ondas que morrem, sábias, na beleza da espuma.
O ser que me habita ganha asas, embeiçado que fica por esse tirano que é o mar. Um tirano apetecível, que embala e enrola ao compasso das ondas.
Vejo em ti a bipolaridade do equilíbrio do ser, mar. A força da tua fúria combina com o descompasso do meu coração. E essa tua serenidade, oferece à minha alma a calmaria de uma tarde de verão.
O ser que me habita ganha asas, embeiçado que fica por esse tirano que é o mar.
Não quero pedir-te mais do que és. Rebeldia, força, desassossego e paixão. A incerteza certa dos vários tons de azul.
Mentiria se dissesse que é fácil compreender esse teu espírito temperamental. Não o ambiciono. Tão pouco desvendar os segredos que escondem as tuas marés. É esse o teu fascínio.
Gosto de te sentir assim, livre e misterioso. Porque é no infinito do teu azul que deposito os meus sonhos. E na rebeldia das tuas ondas que fortaleço a minha alma.
A cada vez que te vejo encontro em mim a tua força. E demoro-me nesse teu abraço, salgado, que me inspira a viver feliz no equilíbrio precário do mundo. Como uma onda, que nasce para um dia se perder na praia. Sem mágoa.
Vestido:
Mango
Sandálias:
Stradivarius
Clutch:
Women’s Secret
Coroa de flores:
Accessorize
mykindofjoy
Catarine! que linda 🙂